Pensando bem, apesar de todo o barulho, o resultado das urnas em 2024 não produzirá uma nova liderança instantânea. Não teremos, ao fim do segundo turno que resta pelo país, um nome inédito nas especulações para as eleições presidenciais de 2026. Todos os virtuais candidatos são os mesmos desde que Jair Bolsonaro, condenado pelo TSE, ficou inelegível. O jogo segue com os protagonistas já conhecidos.
Mas e Pablo Marçal? Pensando bem, de novo, ele pode ser visto como um vencedor, ainda que tenha saído derrotado das urnas. Muitos garantem que o coach tem chance na corrida pelo Planalto daqui a dois anos. Nesse caso, apostam que o elemento tem potencial para tomar de Bolsonaro o posto de “líder maior no campo da direita”. Li isso por aí. Mais ou menos. Aqui é o caso de esperar o tempo passar, e conferir.
O governador Tarcísio de Freitas é o grande vencedor e sai fortalecido para 2026. Mas o homem já é citado como presidenciável por todo mundo. Se Ricardo Nunes confirmar a vantagem e levar a prefeitura, aí sim estará confirmada a boa maré para Tarcísio. Para não melindrar Bolsonaro, o pré-candidato diz que não pretende ser candidato a presidente. A alternativa pela reeleição estadual é o perfeito plano B.
Antes da eleição, Lula era o nome único a enfrentar um postulante da direita na próxima batalha presidencial. A busca pela reeleição é natural como a chuva e os temporais. O petista continua onde estava antes da votação de 6 de outubro. Do outro lado, o que se passa em Goiânia sintetiza as divergências entre os patriotas da direita. A eleição virou uma guerra entre o governador Ronaldo Caiado (presidenciável) e Bolsonaro.
A briga interna não é de agora. Aqui também as eleições municipais não mudaram os cenários – antes, reforçaram tendências. Quaisquer que sejam os percentuais no segundo turno, nada altera o topo da lista apresentada, hoje, como mais provável na eleição de 2026. Os nomes estão aí, sem qualquer ameaça de alguma surpresa. A julgar por 2024, uma eleição não interfere na outra. Por enquanto, por aí.