Se a eleição presidencial de 2026 fosse antecipada para hoje, Lula ficaria na liderança, com 32% das intenções de voto. Em segundo lugar, viria Pablo Marçal, com 18%, e Tarcísio de Freitas, com 15% das preferências. Os números são de pesquisa Quaest divulgada neste domingo, 13 de outubro. Os três nomes foram os únicos testados pelo instituto junto ao eleitor. Há mais aspirantes à candidatura presidencial.

O levantamento com o trio tem ainda como premissa o fato de Bolsonaro estar inelegível. Embora sua turma esteja empenhada na proposta de anistia pelo Congresso Nacional, a aventura deve ser barrada pela Justiça. Portanto o “mito” está fora das urnas. O resultado no primeiro turno de São Paulo turbinou o governador de São Paulo, visto como grande apoiador de Ricardo Nunes, que tenta a reeleição. O mercado tá nessa onda.

O percentual de Lula combina com o nível de aprovação de seu governo, variando ao longo dos meses na casa dos 35%, como confirma a última pesquisa Datafolha. O resultado das urnas não representa um avanço pelo campo da esquerda. Os rumos da economia nos próximos dois anos serão decisivos para a posição do presidente na busca pela reeleição. Politicamente, a situação está sempre em meio a sacolejos e pressões.

A farsa de Marçal contra Boulos, a poucas horas do dia do voto, pode tornar o coach inelegível. Usar um laudo médico toscamente falsificado para interferir no resultado da disputa foi escandaloso. Mas, além da questão legal, o influenciador não foi ao segundo turno por muito pouco. O que ocorrerá com esse poder de voto no futuro próximo. É o que os debates em TVs, rádios e podcasts especulam em tempo integral.

O jornalista Elio Gaspari conta na Folha que o nome de Flávio Bolsonaro roda na mesa da ultradireita como presidenciável, substituindo o pai como candidato em 2026. É alternativa que certamente causa tumulto entre patriotas. Tem ainda o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que já se lançou na corrida desde o começo do ano.

No meio do caminho tem eleição para presidentes da Câmara e do Senado, a decisão da PGR sobre as denúncias contra Bolsonaro e uma definição sobre as emendas orçamentárias. São casos que mexem com o Legislativo e o Judiciário, com potencial de crise mais profunda. Do lado do governo, é esperada uma reforma ministerial.    

E estamos – sempre – expostos aos ventos do imprevisível. Amanhã mesmo, um acontecimento novo pode mudar o que parece definitivo. Neste agora, o mapa é por aí.