É rotina após a eleição, a partir da primeira semana, candidatos a prefeito e a vereador derrotados colocarem carros, fazendas, terrenos, casas e apartamentos à venda.

Lojas de carros usados e corretoras de imóveis - e até venda direta - são procuradas para resolver um problemão: as dívidas geradas.

O perfil dessa turma é de alguém com patrimônio que pegou de R$ 3 a R$ 5 milhões emprestados, deve a fornecedores e a compra de votos deu errado.

Tem também aquele que se endividou mas se elegeu. Esse terá o mandato para recuperar o dinheiro investido.  

A verdade é que vários candidatos a vereador por Maceió viram a vergonhosa compra de votos e não tiveram coragem de denunciar

Optaram pelo silêncio, agora amargam a derrota  "porque política não é pra fracos".

O eleitor que vendeu o voto, por sua vez, esquecido pelo poder público, mais adiante chama o político de ladrão.

O fato é que o modelo atual, corrompido em grande parte, coloca a democracia representativa sob risco, porque muitos mandatos são comprados.