Em disputas eleitorais nas cidades do interior, principalmente, as questões políticas se tornam motivo para brigas pessoais e familiares.

É um horror, mas isso acontece em todo o país.

Trato agora de Lagoa da Canoa, especificamente, porque as notícias que chegam de lá apontam o envolvimento de um agente externo à disputa política - integrantes da PM - que deveria, por ofício, atenuar os ânimos exaltados pelo embate em busca do voto.

O problema, repito, é o mau exemplo que vem de cima: sabe-se que o comando das polícias em Alagoas está em mãos políticas, que buscam a manutenção do poder a qualquer custo.

E o que estaria acontecendo em Lagoa da Canoa?

A denunciada parcialidade de militares  que atuam na cidade e que teriam tomado o lado de um dos candidatos, “amigo do rei”.

Uma coisa retrógrada, de um passado que imaginávamos que Alagoas tinha superado.

Mero engano: o mau volta sem nunca ter nos deixado para valer.

Só resta apelar para a Polícia Federal, “odiada” pelos personagens mais poderosos de Alagoa – o que é um belo cartão de apresentação de uma instituição independente e que se torna a única esperança para uma parcela significativa da população alagoana por esses tempos. 

Cá para nós: isso já era mais do que esperado.