Ele, o menino preto, tinha 14 anos e por conta da inteligência, o grau avançado de intelecto ganhou uma bolsa, em uma escola de elite.
O menino era preto, bolsista e gay, em uma tradicional escola de elite, e começou a sofrer represálias de colegas’.
Ninguém sabe o quanto crianças e adolescentes que praticam o racismo conseguem ser cruéis.
O menino foi reclamar pra escola e a escola fez de conta-que-nada-está-acontecendo, afinal, era só um bolsista preto.
O menino falou pra família, que foi falar com a escola.
A escola minimizou o assunto. Brincadeiras de crianças.
De tanto ser diminuído emocionalmente, o menino pôs um ponto final a toda história.
Se matou.
A escola, ainda, no-isso-não-tem-nada-a-ver-conosco, agora quer rever a política da instituição e receber bolsistas.
Revitimização.
Em Alagoas, onde o pardismo impera, casos como estes têm acontecido, aqui e acolá, meninos e meninas estão colocando a própria vida em roleta russa, se automutilando
, como um pedido de socorro, e simplesmente, não acontece NADA.
As escolas alagoanas não sabem lidar com a realidade do racismo estrutural, que como um camaleão poliglota, vai se moldando aos lugares ocos de conhecimentos, que são muitos.
Educação antirracista?!
O menino preto se matou. Ele tinha 14 anos.
O que você tem a ver com isso?
Fim!