Na manhã desta terça-feira (17), o Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas participou de uma inspeção no Rio Santo Antônio, localizado no município de Barra de Santo Antônio, devido a uma recente mortandade de peixes que foi noticiada pela imprensa. A inspeção foi realizada em parceria com o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). Durante a ação, foram coletadas amostras de água de diversos pontos do rio, incluindo as áreas utilizadas para o abastecimento da cidade.
A assessoria de Comunicação do MPF informou que no momento da inspeção, não foram encontrados peixes ou crustáceos mortos, o que era esperado, visto que a mortandade relatada teria ocorrido no último sábado, dia 14. O material coletado será analisado e servirá como base para comparação com coletas anteriores e futuras, a fim de identificar possíveis causas dos possíveis danos ambientais.
Após a fiscalização, a procuradora Juliana Câmara reuniu-se na base do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no município, com servidores do órgão ambiental e com o presidente da Colônia de Pescadores Z-14, Bernardo Costa.
O pescador relatou não ter conseguido confirmar a exata localização da mortandade de peixes cujas imagens circularam nas redes sociais e na imprensa, mas narrou os detalhes de como esses episódios costumam se repetir quase que anualmente na Barra de Santo Antônio, sobretudo nos povoados Caiana e Carreiras.
A procuradora da República solicitou ao presidente da colônia que informe aos pescadores locais sobre a mobilização dos órgãos de fiscalização e a importância de relatar com celeridade qualquer nova mortandade de peixes ou crustáceos.
“Já foi diagnosticado que a degradação do Rio Santo Antônio possui múltiplas causas, mas periodicamente muitos peixes aparecem mortos na região da foz, o que indica a existência de algum evento atípico. O conhecimento tradicional dos pescadores que vivem e trabalham há anos na região é fundamental para somar ao conhecimento técnico dos órgãos de fiscalização e permitir a identificação dos responsáveis por essas ocorrências, viabilizando a recuperação do meio ambiente”, afirmou Juliana Câmara.
O MPF segue acompanhando o caso e aguarda os resultados das análises laboratoriais para adotar as medidas necessárias, caso seja constatada alguma irregularidade.
*Com assessoria