Pelo menos em minha opinião.

Ao fazer a defesa do senador Marcos do Val, do Podemos – assim como ele -, Cunha desconhece ou desdenha da ação do colega que expôs em suas redes sociais a esposa e a filha de um delegado da PF, que o investigava, com a legenda: "Procura-se vivo ou morto".

O fato foi narrado pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a um grupo de empresários. Ele explicou que este episódio foi decisivo para o bloqueio do X no Brasil - Elon Musk se negou a retirar a postagem da sua plataforma, mesmo sabendo do risco à vida da mãe e da criança.

Não se solidarizar com isso é muito grave, demonstrando total falta de empatia. 

Lamentavelmente, ele não demonstrou a mesma valentia quando Bolsonaro defendeu e fez avançar sua política armamentista, que vai surgindo como auxiliar do crime organizado no Brasil.

Haveremos de concordar: o senador Rodrigo Cunha tinha toda autoridade para assumir a bandeira contra a banalização das armas.

Não o fez e agora se perde com a defesa de personagens que em nada contribuem para a democracia e para a paz no país.