Oi, João Henrique. Tudo bem? 

Hoje é sábado, 7 de setembro e vi uma publicação em seu story, no insta, instigando, sabiamente, os homens a ouvirem os aconselhamentos de mulheres e cita Carolina Josefa Leopoldina Fernanda Francisca de Habsburgo-Lorena, ou simplesmente a imperatriz austríaca ,branca, Maria Leopoldina e a importância feminina  na consolidação da Independência do Brasil.

Esposa de D. Pedro, Leopoldina trazia a capacidade de  leitura política da situação do Brasil .

Bem legal, João.

Mulheres são seres estrategistas, articulistas  e com o senso acurado para políticas públicas, e se te falar do alcance das  mulheres negras ativistas, alagoanas, maceioenses,  tu vais ficar de boca aberta.

Maceió é uma capital  gigante , um verdadeiro paraíso, com suas belezas naturais, mas, não para  a população negra, João.

O racismo, como camaleão poliglota produz  fastio de sonhos para uma população inteira que discute direitos e políticas públicas, ainda,  em bastidores amorfos, com voz acanhada e orçamentos imaginários.

Teu governo carece discutir de forma responsável, o racismo estrutural, institucional e suas consequências sociais.

Precisamos discutir, como politica de estado, estratégias abrangentes e integradoras para a estruturação das políticas equânimes.

Sei, João, que governar uma capital como Maceió,  não é uma missão fácil, mas, não dar, para equivocadamente, desconsiderar os processos de tomada de decisão para o enfrentamento ao racismo.

Assim, como os cabras políticos, lá atrás, ouviram Maria Leopoldina para chegarmos a independência deste país múltiplo e complexo, dá para você abrir um parêntese, em sua agenda , para ouvir  ativistas negras, João?

Maceió pode ser Massa Sem Racismo, mas, para tal, precisamos de sua  vontade política.

Tem conversa, João?