A criação do Coletivo de Estudantes Negr@s e Aliad@s é uma das grandes apostas do Encontro em série: ‘Pode Falar'. A Gente Escuta!’, com o subtema ‘A Escuta Ativa, como instrumento de construção de diálogos antirracistas na Escola’, que aconteceu dia 4 de setembro.
A ideia é estabelecer uma ferramenta pedagógica, feito ajuntamento discursivo de meninos e meninas das diferentes turmas da Escola Municipal Padre Pinho, localizada numa rua estreita do bairro da Cruz das Almas, para a partir dos saberes individuais, criamos aprofundadas conversas coletivas sobre o racismo, e traçar estratégias de combatê-lo.
E essa tarefa será dada a estudantes da escola, pois, o grande desafio é agregar o imenso público, de quase 750 pessoas, em uma discussão de resgates de memória para recontar histórias negras.
Letramento Pedagógico Coletivo!
A gente vai discutir e coletar ideias, pensar jeitos, maneiras de criar um ambiente escolar com equidade e respeito e registrar tudo isso no papel, daí surgem as regras antirracistas, propostas por estudantes.
Na verdade estudantes da Escola Municipal Padre Pinho, em Maceió, Alagoas, são os primeiros no Brasil todinho a propor um protocolo de prevenção e posvenção ao racismo, para a escola.
A Cartilha da Escola Antirracista!
É muito top, não é mesmo?
Por que o nome é ‘Negr@s e Aliad@s’?- perguntam
Deixa explicar, na escola, majoritariamente negra, tem também alun@s não negr@s, como Mariana, que afirmou, durante o Encontro em série: ‘Pode Falar'. A Gente Escuta!’ : “Eu não preciso ser negra para lutar contra o racismo".
Com uma consciência dessas, é claro que a gente não poderia deixar a Mariana de fora, né?
O ‘Pode Falar'. A Gente Escuta!’ Idealizado e realizado pelo Instituto Raízes de Áfricas e o Serviço Social da Escola Municipal Padre Pinho, em Maceió, conta com apoio da Casa da Indústria e Jó Pereira.
E aliados maravilhosos, como o defensor público, Isaac Souto, o juiz Ygor Figueredo, advogado Pedro Gomes, a menina Israelle Santiago, 8 anos, um agradecimento extra a Prefeitura de Teotonio Vilela e Escola Mizia Bezerra do Quilombo Birrus.
A Dra. Silmara Mendes, a assistente social da escola pede a palavra: ‘ A realização do Pode Falar. A Gente Escuta’ é um marco para nossa escola. E acredito que , mesmo diante das adversidades, vamos abraçar, esse desafio para mudança de paradigmas, como diz Arísia Barros, do Instituto Raízes de Áfricas, ou o letramento pedagógico coletivo. Tão importante e necessário!’- conclui
A Escola Municipal Padre Pinho é a primeira escola de Alagoas todinha a ter um Coletivo de Estudantes Negr@s e Aliad@s.
Nada de nós sem nós!