O Otávio dos Santos e a Izen Josyelle são alun@s do 8 ano B, da Escola Municipal Padre Pinho, no bairro da Cruz das Almas, em Maceió,AL
A Escola Padre Pinho fica localizada numa rua estreita, quase beijando o mar, bem próximo a praia da Cruz das Almas, que segundo dizem é arriscado para o banho.
Tem fama de ser praia para surfistas.
Foi na Escola Padre Pinho, que nesta quarta-feira, 04 de setembro, celebração dos 174 anos da Lei Eusébio de Queirós,( que supostamente extinguiu o tráfico de escravizad@s), que o Instituto Raízes de Áfricas e o Serviço Social da Escola deram o pontapé inicial ao Projeto Piloto do Encontro em série ‘Pode Falar A Gente Escuta!’, com o subtema ‘A Escuta Ativa, como instrumento de construção de diálogos antirracistas na Escola’.
O pátio da escola ficou pequeno para receber um mundo de meninas e meninos e foi bonito ver a euforia juvenil. Eita, que o barulho foi bom e grande!
E, o Instituto Raízes de Áfricas levou parceir@s de peso e extremamente comprometid@s com o tema.
Teve o Ygor, o juiz ,Isaac Souto, o defensor, Pedro Gomes, o advogado, as meninas Israelle Santiago e Jheneffer Emanuelly e a quilombola Valderez dos Santos para uma conversa mais aproximada com estudantes.
E teve mais, a Silmara Mendes, assistente social , Neyma Santana, psicóloga, a diretora Roseli Patriota e o povo todinho da Escola Mizia Bezerra de Farias, Quilombo de Birrus, em Teotônio Vilela.
Houve falas e escutas com uma profunda riqueza de saberes e que serão multiplicadas nos próximos encontros.
Teve gente boa, por demais!
O projeto piloto do Encontro em série ‘Pode Falar A Gente Escuta!’ é o ponto de partida para a construção de um importante processo de decisões do protagonismo jovem.
E foi também um lugar de muitos sentimentos, emoções, abraços, encontros e uma fonte inesgotável de aprendizado.
Encerrada a atividade da manhã, o Otávio dos Santos e Izen Josyelle, que são alun@s do 8 ano B, se aproximaram entusiasmados, felizes.
-Tia, a senhora é linda!- afirmou Izen ( que carícia boa na autoestima da pessoa, né, não?) e Otávio com um espírito sensível e sensitivo declarou, com certezas ajustadas nas palavras: "Quando a senhora entrou aqui, eu vi as joias de Oxum no seu rosto"
Uau!
Otávio me trouxe respostas tão afirmativas, quando sempre reitero que não ando só:
-Meu povo espiritual emana proteção e pede passagem.
Licença. Licença!
Beijos no coração Izen e Otávio.
“Ora yê yê ô minha mãe, Oxum!”