O diretório do União Brasil em Estrela de Alagoas solicitou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AL) o envio de forças federais para o município e o aumento da fiscalização da Justiça Eleitoral durante o pleito deste ano, “oficializando” o clima de tensão que todos já sentem na cidade.
Na Petição Cível protocolada dia 30 de agosto, a legenda alega, entre outros pontos, o desequilíbrio provocado na disputa em razão do “apadrinhamento", pelo Governo do Estado, da candidatura de Roberto Wanderley (MDB), oposição no município, "com a influência das ações de governo na área de educação, hídrica e até mesmo na segurança”.
O partido questiona ainda a imparcialidade das forças policiais do Estado, citando notícias de que um parente de Roberto Wanderley estaria no comando do Batalhão de Palmeira dos Índios, responsável pelo Grupamento de Polícia Militar de Estrela de Alagoas.
“A influência do Governo do Estado na eleição municipal traz insegurança, haja vista que apoiadores do seu candidato, são visto a luz do dia portando armas, as provocações já viraram rotina, pois se sentem protegidos pelo fato do candidato da oposição Roberto Wanderley estar sendo acirradamente apoiado pelo governador Paulo Dantas e pelo deputado José Wanderley, ex-vice-governador (irmão do candidato) e pelo prefeito do Município de Cacimbinhas, Hugo Wanderley (sobrinho do candidato). Tais comentários decorrem de fatos que vêm ocorrendo ultimamente, e que as redes sociais são utilizadas para propagar um clima de tensão, que provavelmente se acirrará”, destaca trecho do documento.
São citados ainda “exemplos de demonstração de força e utilização de equipamentos de outros municípios a serviço de candidatos de Estrela de Alagoas, além imagens públicas em benefício de candidaturas” e a suposta ocorrência de inaugurações de obras estaduais no município, às vésperas das eleições.
O ex-prefeito Arlindo Garrote (Progressistas), filho da ex-deputada estadual Ângela Garrote e sobrinho do atual prefeito, Aldo Lira.