A menina, Israelle tem 8 anos, e, em episódio recente passou por uma situação muito vexatória  de  racismo na escola municipal, em Maceió, onde estuda.

Mas, a mãe de Israelle, a Thamara Santiago, agiu rapidamente e fez um vigoroso enfrentamento, através de uma carta lida pela filha na sala de aula.

Na carta a criança falou do orgulho da  sua cor da pele e defendeu o respeito pelas diferenças.

"Foi muito triste ver o sofrimento da minha filha. Quando eu lembro da tristeza dela ainda me dói.'- diz Thamara

A  carta lida por Israelle , viralizou e virou matéria, em um programa nacional de tv.

Na verdade, Thamara Santiago, mãe de Israelle criou um protocolo próprio para reeducar a filha, com mecanismos de defesa, reforçando a necessidade de ações preventivas e estratégicas específicas.

Mães de crianças negras têm que trabalhar essa coisa de investir na construção da  autoestima, desde muito cedo, na preparação contra as práticas racistas, que, inevitavelmente, vão acontecer, uma hora ou outra. É cruel, mas, é a realidade de crianças negras. 

 E a atitude da mãe da Thamara tem muito a ver com  o Encontro em  série: ‘Pode Falar'. A Gente Escuta!’, com o subtema  ‘A Escuta Ativa, como instrumento de  construção de diálogos antirracistas na Escola’, que acontece dia 4 de setembro, idealizado e realizado pelo  Instituto Raízes de Áfricas e o Serviço Social da Escola Municipal Padre Pinho, em Maceió, conta com apoio da Casa da Indústria e Jó Pereira.

O objetivo da atividade é mobilizar as vivências,  de alunas e alunos sobre a questão do racismo, na escola para a partir do protagonismo juvenil, possamos, de uma forma inédita elaborar protocolos de prevenção e posvenção ao racismo, uma espécie de manual, com regras propostas pelo alunado, para manter relações saudáveis e antirracistas  entre a comunidade escolar.

Com um público de cerca de 700 alunos, O ‘Pode Falar. A Gente Escuta!’, acontece, em dois horários, (das 08h30m às 11h30; de 13h30 às 15 horas.

Meninos e meninas estabelecendo regras para o respeito coletivo das diferenças.

E para ressignificar a luta contra o racismo e protagonismo infanto-juvenil no sistema escolar, a menina Israelle faz o plantio da primeira muda de Baobá na Escola Padre Pinho, no bairro da Cruz das Almas, em Maceió, Alagoas.

A muda é doada por Jó Pereira.

Ação do   Projeto Baobá  que tem  seu início no ano de  2021 como  iniciativa do Instituto Raízes de Áfricas e Jó Pereira.

O plantio do Baobá é uma celebração de um ritual sagrado da resistência negra.

Salve!