Tem sido cada vez menor, a cada eleição, a audiência do horário eleitoral da TV aberta, dez minutos de uma programação desagradável, que começa na sexta-feira.

Em disso sabendo, os marqueteiros contratados pelos principais candidatos, que têm mais grana e tempo de televisão, apostam nas inserções ao longo da programação.

São aquelas que o telespectador vê sem “querer”: elas entram nos intervalos dos programas, inclusive no horário nobre, e têm o conteúdo mais trabalhado.

Preparamo-nos para a guerra de liminares, na Justiça Eleitoral, mas a preparação maior deve ser para o susto.

De repente, no meio do programa que você escolheu, vem a voz com alguma imagem estranha a dizer: “Fulano mordeu a mãe quando era menino”.

Claro, num cenário mais inocente.

Sem campanha de rua que mereça esse nome, os 30 segundos da televisão são o grande impacto que os candidatos pretendem causar.

(E a turma recebe milhões para isso.)