Que ele aprendeu a costurar seus trajes de poder em Brasília, disso ninguém pode duvidar.
O detalhe é saber se sua roupa cabe bem no seu sucessor.
Eis o busílis para Arthur Lira.
Ele prometeu anunciar ainda este mês o seu candidato a sucedê-lo na presidência da Câmara Federal.
Lira sabe que terá o apoio na sua escolha, do Palácio do Planalto, que não pretende peitá-lo – o que está ruim pode ficar pior.
O problema maior hoje é fechar o consenso com sua turma: Elmar Nascimento (UB) é o preferido de Lira, mas os dois outros postulante, o líder do PSD, Antonio Brito, e do presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP) permanecem na disputa.
Se não se unem, as chances de Lira fazer o sucessor, fechado com ele, caem e muito, e ele pode ver caírem por terra a imagem e a autoridade de presidente do Sindicato dos Deputados, que construiu ao longo de muitos anos.