Em 19 de junho, ( Dia Nacional do Baobá), o Projeto Baobá  fez o plantio de uma muda da espécie no terreno do Ministério Público Estadual, onde fica o prédio das Promotorias de Justiça da Capital, no bairro do Barro Duro, em Maceió.

O Baobazinho estava desfolhado, pelado, nu de folhagens e foi olhado com uma certa descrença.

Será que vinga?

Vingou e dois meses após, floresce impávido , com o brilho da resistência que caracteriza o espécime.

É por isso que é mundialmente conhecido como árvore da vida.

É mais um plantio que  já faz parte da série do Projeto Baobás, (2021- iniciativa do Instituto Raízes de Áfricas e Jó Pereira), com apoio institucional da ALURB.

A ideia pioneiríssima do  plantio de  Baobás, em Maceió e nos quatro cantos de Alagoas, principalmente nos quilombos, é uma maneira de  dialogar, profundamente,  com as conexões entre o que fomos, somos e seremos.

São jeitos e maneiras  histórica, filosófica, sociológica, cultural, religiosa, ancestral de conversar com a atemporalidade.

É uma ação sensível, usando elementos tradicionais da cultura africana, para suavizar a rudeza do cotidiano, vicejar poesia, mesmo dentro das resistências racistas.

Plantar Baobás é uma forma singular de  espalhar sementes,  e vê-las crescer em forma de gente aliada, que seguem somando na formação de redes.

Assim como a promotora de Justiça,  Alexandra Beurlen, com atuação na área de Direitos Humanos, mulher branca, privilegiada, mas, que  se coloca disposta, diuturnamente,  a desvestir a roupagem do desconhecimento social cômodo.

Investe no auto- letramento sobre racismo estrutural.

É isso, plantar Baobás, no estado todinho  tem agregado, ao Projeto Baobá   (2021- iniciativa do Instituto Raízes de Áfricas e Jó Pereira),  pessoas dispostas a potencializar  caminhos , acolher e resgatar memórias.

Ubuntu!