Pautar  a importância da pauta racial, como política de estado, ainda se faz  um debate bem difícil, em Alagoas. 

Os interlocutores políticos , 9 deputados federais, de Alagoas , todos homens, politicamente brancos, sempre afiados com outros temas urgentes do mundo contemporâneo, pegam o beco, desconversam, saem de fininho quando convidados ao debate.

As plataformas políticas soterram o abismo  das desigualdades raciais, sob os escombros do desinteresse coletivo, ou a indiferença do ‘não-tô-nem-aí’.

Discutir racismo em Alagoas é romantizar o 20 de novembro, festejar uma consciência que o estado está longe de ter, e subir e descer a Serra, em festividades pontuais.

Mas, reinterpretem a situação a seguir : Rio Grande do Sul, Paraná são estados, hermeticamente, brancos, 

mas,( pasmem!) têm, na Câmara Federal, suas representações negras, importantes e empoderadas.

Salve!

Essas representações negras do Sul do país criam instrumentos  para que todas as pessoas possam conhecer  e retroalimentar a história negra, por meio da historiografia do país.

Mesmo em territórios em que a branquitude impera.

Enquanto isso, na terra do Quilombo dos Palmares, que resistiu cem anos à invasão escravagista branca, temos 9 deputados federais e nenhum, nenhuzinho incorpora a temática racial, como política de base.

A discussão  antirracista, na terra negra das Alagoas como politica de estado, verdadeiramente,  não é uma questão levada a sério.

Nem na campanha política da capital.

E o que você, que se autoproclama antirracista, tem a ver com isso?!

Ou, também,  não está nem ai?

Mimimi?