Eu sou uma ativista das boas ( deixa que digam, que pensem, que falem o contrário).
Eu?
Tô nem aí…
Sei quem sou.
Carrego o ativismo como missão ancestral e atemporal.
Não tenho medo de enfrentamentos e por alguns pago o preço.
Justíssimo!
Em outros momentos, com pessoas e situações, refreio e analiso as possibilidades de avançar.
Articulações e estratégias são pontes para caminhada.
Um passo adiante do outro.
E no observar o poder branco e alheio aprendi a jogar xadrez e, de quando em vez, consigo marcar um xeque-mate na politico de causa.
Ou, quando não, o tapete escorrega nos pés.
Não me arrependo da palavra que vira verbo e se posta firme em não normalizar a opressão.
Desde cedo, minha mãe alertava as filhas pra estudarem e não serem escravizadas na cozinha de brancas.
Tenho orgulho desta ativista, (EU) mulher, de princípios e caráter que me tornei.
Meu pai , o mestre funileiro, também teria.
Tenho em mim um universo de revoluções.
Aprendi a exercitar o autoelogio, reflexos no espelho, tipo autoestima, porque mulheres negras que exalam poder serão, certamente massacradas pela astúcia da branquitude.
O poder de uma mulher negra cria incômodos sociais estratosféricos, até entre as iguais.
Esta é uma autodeclaração de amor.
Atotô!