A seleção brasileira segue em busca de um time ideal e a escolha da formação é um dos principais pontos de discussão sobre o recente trabalho do técnico Dorival Júnior. Formação tática ou esquema tático — é a disposição específica dos jogadores em campo e seu comportamento durante o jogo com o objetivo de cumprir as tarefas definidas pelo treinador.

Os números indicam a quantidade de jogadores em cada linha, começando logo após o goleiro (por exemplo: 4-5-1 — quatro defensores, cinco meio-campistas, um atacante). No caso do Brasil, as duas opções mais debatidas entre os torcedores e os analistas são o tradicional 4-2-3-1 e o esquema mais ofensivo, 4-3-3. 

Voltando à análise sobre o time, é fato que o Brasil entra com grandes expectativas em qualquer campeonato que disputa pela sua tradição no futebol mundial. Seguindo essa lógica, uma consulta em um comparador de odds de futebol popular, por exemplo, pode mostrar odds de 7.00 para o Brasil vencer a próxima Copa, algo não muito distante de outros times, que ficam com odds entre 9.00 e 7.00. 

Mas, depois da decepção na Copa América e da recente má fase, uma dúvida ficou na cabeça do torcedor. Afinal, como deve jogar a seleção de Dorival Júnior para poder recuperar seu bom desempenho? 

 

Esquema 4-2-3-1: solidez atrás e mais opções defensivas

 

O esquema 4-2-3-1 é conhecido por oferecer uma estrutura sólida, especialmente eficaz contra adversários mais fortes. Essa formação permite uma transição rápida do meio para o ataque, com um meia mais centralizado, como Neymar ou Paquetá.   

O 4-2-3-1 também proporciona bastante flexibilidade, já que os três jogadores ofensivos podem alternar posições e confundir a marcação adversária. Com um centroavante de referência, como Pedro ou Endrick, a equipe pode explorar tanto o jogo aéreo quanto as infiltrações rápidas pelas laterais, utilizando sempre a velocidade de Vinicius Junior, Rodrygo ou Raphinha.

 

Esquema 4-3-3: intensidade e controle do meio-campo

 

Por outro lado, o 4-3-3 proporciona um jogo mais intenso e com bastante controle, algo essencial em jogos onde a posse de bola é fundamental. Esse esquema tático permite que o Brasil domine o setor central do campo, com um trio de meias que podem pressionar alto e manter a equipe compacta. Nesse esquema, a combinação de João Gomes, Bruno Guimarães e Paquetá pode proporcionar tanto segurança defensiva quanto qualidade na construção de jogadas.

O 4-3-3 também favorece o jogo mais agressivo, com três atacantes posicionados constantemente no campo de ataque. Vini e Raphinha, por exemplo, podem atuar como pontas abertos, explorando os espaços nas laterais e criando oportunidades para o centroavante. Essa formação é ideal para jogos onde o Brasil precisa impor seu ritmo e pressiona o adversário desde o início do jogo.

 

Afinal, qual é a melhor opção para o Brasil?

 

A escolha dependerá do tipo de adversário e das circunstâncias de cada jogo. A tendência é que contra seleções que oferecem maior resistência defensiva, o 4-2-3-1 pode ser a melhor escolha. Já contra equipes que cedem espaço, o 4-3-3 pode permitir que o Brasil jogue de forma mais ofensiva, pressionando e controlando o jogo o tempo inteiro.

O técnico Dorival Júnior terá a tarefa de decidir qual formação será a ideal. Até o momento, o Brasil tem enfrentado dificuldades para encontrar uma consistência tática. A seleção tem as eliminatórias pela frente e atualmente está em sexto na classificação com apenas duas vitórias. Os próximos jogos são contra Equador, Chile e Venezuela, seleções mais frágeis e que o Brasil tem um excelente retrospecto.

Com um time cheio de grandes promessas como Vini Jr, Rodrygo e Endrick, encontrar uma forma de utilizá-los da melhor maneira possível é fundamental. Afinal, a renovação não deve vir somente dos nomes e também do estilo de jogo, mas, tudo isso sem perder a identidade da seleção. Como o grande nome dessa transição, cabe ao técnico Dorival Júnior, pressionado após a eliminação na Copa América, moldar esse esquema e encontrar a melhor solução.