Do ponto de vista político, essa situação se tornou quase lei: quem tem estruturas de atendimento à saúde, principalmente, é amplamente favorito (a) a se eleger para cargos no Legislativo Municipal.

Detalhe fundamental: os atendimentos fornecidos por esses “institutos” e “fundações” são financiados, ao fim e ao cabo, pelo dinheiro público, via SUS.

Só que os benefícios políticos/eleitrorais são privados. 

Nessas organizações, os cadastros garantem um contato direto com os eleitores, geralmente pessoas pobres que não têm acesso fácil ao atendimento de Saúde Pública.

E este termina por ser o problema central: essas “instituições” existem na ausência do serviço de qualidade por parte da prefeitura e do governo do Estado.

Que ninguém se engane: nos dois lados mais fortes na disputa em Maceió há candidatos – alguns com mandato, já – que se alimentam de votos nessa fonte.O problema é a pobreza e não os pobres.

Se você acha que isso está certo, tudo bem: você também está pagando essa conta.