Um trabalhador foi preso por porte ilegal de arma de fogo, no início da tarde desta quarta-feira (7), em um rancho, localizado na cidade do Pilar, que foi alvo da “Operação Saccharum”, desencadeada nas primeiras horas da manhã de hoje pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL).
Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, contra pessoas físicas e empresas nos municípios de Maceió, Pilar e Arapiraca.
No local o qual o trabalhador foi detido, havia cavalos que passaram por exames de sangue, mas não foram apreendidos. Segundo informações da assessoria de comunicação do MP/AL, o homem já está com advogado, continua detido e a prisão cabe fiança.
Operação Saccharum
A investigação visa cessar as atividades de uma organização criminosa (Orcrim) especializada em fraudes tributárias a partir de postos de combustíveis.
A organização, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), é formada por empresários, contadores, advogado, “laranjas” e testa-de-ferro. Estes últimos eram usados pelos líderes da Orcrim na composição de quadros societários das empresas.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em postos de combustíveis, escritórios de contabilidade e advocacia e uma empresa de eventos e produções. Além disso, o Ministério Público e as Polícias Civil e Militar também executaram uma medida cautelar na residência particular de alguns integrantes do núcleo criminoso.
As investigações, que duraram oito meses, apontam que a organização criminosa sonegou dos cofres públicos, no mínimo, a importância de R$ 11.093.270,00. Seus integrantes são acusados, dentre outras coisas, da prática de sonegação fiscal, falsidade ideológica e crime contra as relações de consumo.
Após requerimento feito pelo Gaesf, a 17ª Vara Criminal da Capital bloqueou imóveis, veículos, contas-correntes e outros bens em nome dos integrantes da Orcrim. Veja as imagens e os vídeos.