O calendário avança. A partir de hoje, a corrida eleitoral entra em nova fase. Fechado o período para as convenções, os partidos têm até o próximo dia 15 para registrar as candidaturas na Justiça Eleitoral. No dia seguinte, 16 de agosto, começa a campanha propriamente dita. Ou seja, faltam dez dias para o eleitor começar a ver as carreatas, caminhadas e comícios nos bairros da cidade. O pedido de voto estará liberado pra valer.

Rádio e TV. Já o famoso guia eleitoral obrigatório no rádio e televisão começa em 30 de agosto e vai até 3 de outubro. São, portanto, 35 dias de exibição das mensagens dos candidatos. Controverso desde sempre, o programa nos meios tradicionais de comunicação nunca foi tão contestado quanto na era digital, com a emergência das redes sociais. Ainda assim, as coligações brigam por mais tempo no guia eleitoral.

Quem é? Nunca é demais lembrar que, até agora, a zoada sobre as eleições está restrita aos políticos e à imprensa. Em pesquisas pelo Brasil, mais da metade do eleitorado diz não ter candidato. Em todas as capitais, consultada sobre os concorrentes, a maioria da população não sabe os nomes dos aspirantes à cadeira de prefeito. Por enquanto, a agitação está nos bastidores e nos escritórios chefiados pelos poetas do marketing.

Debates. Em nome de uma tradição demarcada ao longo de décadas, a Band realiza já na quinta-feira dia 8 os primeiros debates na TV entre os candidatos a prefeito. Serão 19 cidades, se não me engano, incluindo grandes capitais como São Paulo, Rio, Salvador e Belo Horizonte. Maceió não está no pacote. Aliás, entre os concorrentes por aqui, Rafael Brito está ansioso para debater. Já o prefeito JHC nem quer ouvir falar sobre isso.

Voltando ao calendário, o eleitor vai às urnas daqui a dois meses, precisamente em 6 de outubro. No caso de um segundo turno, a votação será no dia 27 do mesmo mês. Se é pouco ou muito tempo para uma definição eleitoral, não se pode cravar nem uma coisa nem outra. Certo é que é tempo suficiente para acontecer de tudo, inclusive o inesperado. É o que prova a história das eleições, dos primórdios até edições recentes.