Numa definição bastante objetiva: Ricardo Barbosa, presidente do PT de Alagoas, acata a decisão da direção nacional do partido, mas faz uma ressalva sobre a retirada da sua candidatura em Maceió:
- Foi uma decisão muito dura, e não sei se vai valer a pena.
Bastante experiente na militância partidária de esquerda – quase 40 anos -, ele entende que o que ocorreu agora “faz parte do jogo político, mas foi muito abrupto. Nossa candidatura foi interditada”.
Fugiu completamente, entende ele, da “diplomacia político-partidária”:
- Com exceção do governador Paulo Dantas, ninguém do MDB, nem local nem nacional, me procurou para conversar sobre a questão. Muita gente cometeu equívocos nessa discussão e isso pode ter consequências.
(Barbosa lembra que houve uma conversa lá atrás entre o Paulão e o senador Renan, que chegou a pedir a retirada da nossa candidatura, mas parou aí.)
Ele deixa claro que lamenta a condição em que se deu a retirada do seu nome da disputa:
- Esperaram que a nossa candidatura se consolidasse dentro do PT e da Federação, para que fosse retirada dessa forma violenta. Eu acato a decisão da direção nacional do meu partido, mas creio que podia ter sido diferente. Eu não sei se numa pesquisa de agora, depois do trabalho que fizemos, a gente apareceria atrás do Rafael Brito.
O já ex-candidato do PT a prefeito de Maceió diz que continua no comando do partido em Alagoas, se dedicando ao projeto eleitoral que tem mais 300 candidatos a vereador e 13 candidaturas majoritárias em todo estado.
Observa, no entanto, que a dedicação ao pleito na capital já não será mais, da parte dele, integral: “Será 50% aqui, 50% nas demais cidades”.
Ricardo Barbosa lembra que o Tio Rafa terá o tempo do PT na televisão e irá buscar a presença do presidente Lula no seu palanque: “Eu não sei o que será decidido pela direção nacional do PT”.
Sobre as consequências da decisão do PT nacional em benefício do MDB local, ele descreve uma imagem:
- Na visão desse momento, foi um sopro na vela de um barco à deriva.
No mais: “Vamos para a campanha contra o bolsonarismo em Alagoas. Esse é o nosso adversário”.
