Nos últimos quatro anos, duas novas fábricas de leite chegaram à bacia leiteira de Alagoas. A Cooperativa de Produtores de Leite de Alagoas (CPLA) inaugurou recentemente uma fábrica de leite em pó em Batalha, a primeira de uma cooperativa de pequenos produtores no Nordeste. Além disso, a cidade de Batalha, conhecida como a Capital da Bacia Leiteira, deve receber em breve outra grande fábrica da Natville, prometendo números de produção jamais vistos.

As razões para a chegada dessas fábricas estão detalhadas em uma reportagem do jornal Gazeta de Alagoas, que destaca a plena expansão do setor de pecuária leiteira no estado, com recordes de produção sendo alcançados ano após ano.

Segundo a matéria, esse crescimento se deve à melhoria genética, à modernização das fazendas e aos incentivos tributários. Contudo, um ponto que merece destaque é a presença do governador Paulo Dantas e de seu tio Paulo Amaral, ambos atuantes na Bacia Leiteira há décadas. Paulo Dantas é de Batalha, enquanto seu tio é de Major Izidoro.

Paulo Dantas, atual governador de Alagoas, se destaca como o terceiro maior produtor de leite do estado. À frente da Fazenda Campo Verde, Dantas é responsável pela produção diária de 12.700 litros de leite, resultando em um faturamento anual de R$ 10,2 milhões.

O governador só perde para seu tio, Paulo Amaral, que tem um faturamento anual estimado em cerca de R$ 11 milhões, e para Luiz Antônio dos Anjos, da Agropecuária Lagoa do Mato em Olho d’Água das Flores, com uma produção diária de 13 mil litros e um faturamento anual estimado em R$ 10,5 milhões. Luiz é tio do prefeito de Olho D'Água das Flores, Luiz dos Anjos.

Em seguida, vem Beto Barreto, de São Sebastião, com uma produção diária de 9 mil litros e faturamento anual de R$ 7,2 milhões. Esses quatro produtores são responsáveis por injetar quase R$ 40 milhões na economia de Alagoas apenas com a produção de leite.

Ainda de acordo com a reportagem, a produção de leite em Alagoas injetou R$ 1,3 bilhão na economia do estado em 2022, com um volume de 590,7 milhões de litros, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal do IBGE. O aumento na produção é resultado de melhoramento genético, incentivos fiscais e maior industrialização. Em 2023, a industrialização do leite cresceu 62% em comparação a 2022, com a produção saltando de 79,6 milhões para 128,9 milhões de litros.