A heroína negra, Tereza de Benguela comandou ,após a morte do companheiro, a estrutura política, econômica e administrativa do famoso Quilombo do Quariterê, o maior do Mato Grosso.
Estrategista, governava o quilombo a modo de parlamento.
Morreu por volta de 1770.
Em homenagem a Tereza de Benguela, o dia 25 de julho é oficialmente no Brasil o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
A data comemorativa foi instituída pela Lei n° 12.987/2014.
O Quilombo Abobreiras, localizado em Alagoas, no município de Teotônio Vilela, também é famoso, por ter inaugurado recentemente uma escola quilombola, padrão excelência, coisa de primeiro mundo.
A Escola Municipal Izidio Alves de Farias é tipo ‘Uau!”
Sabe, como é que é, né?
Imagine só, no meio do ‘sítio’, como chamam a comunidade ter um equipamento educacional desse quilate, que resgata, substância e promove troca de saberes urgentes e necessários, tendo as mulheres, a frente, como grandes estrategistas, articuladoras, multiplicadoras dos saberes.
Referenciando a construção da escola, Daniele Farias da Silva que cursa pós-graduação em pedagogia: ‘Eu cheguei até a Universidade e ninguém sabe dos sacrifícios. Eu sou uma mulher quilombola e pra gente tudo tem uma maior complexidade. Hoje faço pós-graduação, sou professora, convívio na comunidade e procuro não só resgatar e sustentar nossas histórias no Quilombo, como também incentivar o sonho das crianças atende queiram chegar. O prefeito, Peu Pereira, construiu mais do que paredes de uma escola quilombola. Ele mobilizou sonhos de uma comunidade inteirinha’- finaliza, emocionada.
A partir da educação , as mulheres quilombolas de Abobreiras, como a própria Daniele, Elizangela dos Santos Saúde, Edenilsa Paixão dos Santos, Pedagogia, Rafaela Farias dos Santos, Enfermagem Nathaly dos Santos Silva, Direito ,Ravani dos Santos Silva, Fisioterapia, Laura Glenda Moreira de Souza,Enfermagem,Antônia Ferreira dos Santos , Serviço Social .
movimentam o mundo e ocupam até a Universidade.
E para além dela…
A luta de Tereza de Benguela , ainda, está bem viva.
Salve, 25 de julho.
Salve, as mulheres quilombolas!