O deputado federal Arthur Lira (Progressistas), presidente da Câmara dos Deputados, concedeu uma entrevista ao jornal O Globo em que fala sobre três assuntos que tem dominado os bastidores políticos:

1) a aliança com o prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL), na disputa pela reeleição do próprio JHC e a indicação do vice da chapa;

2) uma possível candidatura de Lira ao Senado Federal; e

3) uma aliança com o rival e senador Renan Calheiros (MDB) visando as eleições de 2026.

Lira colocou, na entrevista, que a aliança com JHC se manterá independente da questão do vice. O presidente da Câmara – acredite quem quiser – ainda minimizou as disputas internas de seu grupo político pela posição tão cobiçada de compor a majoritária encabeçada pelo prefeito da capital alagoana.

Arthur Lira – que tem como indicação três nomes: os ex-deputado estaduais Davi Davino Filho e Jó Pereira, além do ex-secretário municipal de Saúde, Luiz Romero – avaliou que “a discussão do vice de Maceió ganhou uma proporção inacreditável. Parece que estamos falando do vice de Joe Biden ou Donald Trump. JHC é meu aliado, sim. Temos trabalhado juntos por Maceió nos últimos anos e costuramos os apoios de partidos em torno de JHC. Especula-se muito o vice do JHC, mas o prefeito é bem avaliado e quer se resguardar politicamente. Nosso debate não é sobre o vice deste ano, é sobre 2026. Queremos uma construção. Hoje, penso em ajudar os amigos, eleger prefeitos”.

Em relação a possível candidatura ao Senado Federal em 2026, Lira diz que “há uma forte especulação em Alagoas” e prossegue: “Por quê? Porque, para deputado federal, tenho 52 prefeitos. Fui o federal mais votado da história de Alagoas, presidente da Câmara, ajudo muito meu estado, meus municípios. Então, é lógico que o nome é lembrado”.

O presidente da Câmara considera ainda uma composição com o senador Renan Calheiros (MDB) – que é seu rival político em Alagoas – como algo “improvável”. “É muito difícil. Na política, é possível, mas penso que é muito difícil. Partiu sempre dele a briga. De um dia para a noite, o senador Renan, num comício no Sertão, agrediu o meu pai. Aí, em vez de meu pai reagir, quem reagiu fui eu e tudo começou”.