O menino é uma criança  muito singular, mas, se pensa ‘pré-adolescente’, quase adulto.

Aos 8 anos carrega consigo uma maturidade ancestral.

O menino é feito um universo de afetos, com seus abraços apertados, demorados que fazem a gente sentir a leveza da própria alma.

O menino, com sua  intensa pureza da infância, reúne desenhos preliminares em relação ao mundo e se aventura na construção de caminhos possíveis e felizes.

O menino é feliz ( ele disse). 

Um querido e determinado companheiro de aventuras.

É movido a histórias cheias de profundezas, desafiando palavras complexas e os sons ancestrais.

O menino tem o poder de transformar o azedume da vida, em disposição de subir montanhas na busca de novas narrativas, com voos de borboleta.

O menino fez 8 anos e interpreta o mundo com olhinhos que brilham para as estrelas, e às vezes, amuado pela timidez, tem fastio de sonhos, com o pôr do sol.

O menino é uma imensidão de amorosidade pelas mulheres que o circulam.

 A avó, a matriarca, é seu xodó favorito, a mãe, esta tia , a tia que mora na Itália, e a prima Arianne Barros.

-Minha vó é a mais velha da família, então todo mundo tem que respeitar ela- afirma o menino.

O menino ama sua avó.

Um dia após o aniversário , a prima Arianne Barros propôs levar o menino a um shopping local para desfrutar os prazeres da liberdade.

Ele  pulou, escalou, vibrou, mas teve uma hora que o menino segredou no ouvido desta tia ativista: ‘Vamos pra casa, Arísia Barros. Estou com muita saudades da minha vó’.

Fomos.

O menino fez 8 anos.

Salve, meu Dêdei!