E o apocalipse não chegou. A julgar pelos números da economia, o país passa longe das previsões de uma catástrofe que só existe na retórica da oposição e de agentes do mercado financeiro. A ultradireita segue berrando o fim do mundo para sua plateia cativa de patriotas. Aliás, a bancada alagoana do atraso – nas esferas estadual e federal – reproduz fielmente o discurso falacioso, seguindo as ordens do golpista Jair Bolsonaro.

Deputados estaduais e federais de Alagoas replicam a farsa de um Brasil em crise. É um quadro que, reitero, existe apenas no delírio de saudosistas do caos que imperou por quatro anos no desgoverno do “mito”. A gente nem lembra, mas é um alívio ver a gestão federal cuidando do que interessa – em vez de passar o tempo atacando minorias, pregando violência e ameaçando as instituições. Voltamos à normalidade.

Apesar de um Congresso tomado por reacionários que tentam emparedar o governo, as reformas necessárias avançam. Poderia ser muito melhor se parlamentares – incluindo, insisto, nossos alagoenses – não votassem metodicamente para sabotar as iniciativas da gestão Lula. É a milícia do quanto pior, melhor, sempre a postos para atirar para matar nos avanços da sociedade brasileira. Se é projeto do governo, votam contra.

O clima de estabilidade tem na postura do presidente Lula a principal base de sustentação. Como já anotei aqui dias atrás, o chefe do Planalto deu uma virada no cenário que há alguns meses parecia um tanto conturbado. Com falas mais claras sobre meta fiscal, controle de gastos e investimentos prioritários, ele enquadrou alarmistas e faturou em credibilidade. Todos os indicadores atestam a solidez da política em vigor.

Nesta sexta-feira, o governo produziu outra imagem do ajuste de rota na direção adequada. Lula foi a São Paulo para lançar um projeto rodoviário com financiamento de 10,75 bilhões de reais do BNDES. Ao lado de ministros como Renan Filho (Transportes) e Silvio Costa Filho (Portos), o presidente reafirmou as metas do arcabouço fiscal.

“Eu digo para todo mundo e digo para o Haddad todo dia: não se preocupe que as coisas vão melhorar”. Simples e desconcertante ao mesmo tempo, a declaração na solenidade é uma boa ilustração do contexto em que vivemos. Lula fala para a macroeconomia e para o povão, o que é sempre um desafio. Sem arroubos nem mistificações, está no eixo.

Claro, o animal político enxerga longe na batalha para manter seu protagonismo, cercado por extremistas de todos os lados. Muito a fazer, sem dúvida. Mas estamos em outro nível. Os crimes contra a saúde, a destruição ambiental, o sucateamento da educação, a vulgaridade orgulhosa e a política da morte ficaram para trás. Lula precisa dar certo.