A 1ª e inédita Conferência Livre Nacional de Equidade no Trabalho, na Educação e na Comunicação na Saúde, aconteceu dia 9 de julho, em Brasília, promovida pelo Conselho Nacional de Saúde e Ministério da Saúde, através da SEGTES.
Como ativista, coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, representando o movimento social, em Alagoas, Arísia Barros teceu as seguintes considerações:
'O processo de envelhecimento não é nada confortável, em um país cuja concepção social negativa , traduzida pelo etarismo, desvaloriza, causa impacto na saúde mental e afeta o cotidiano das pessoas.
O etarismo é o preconceito por conta da idade, é também chamado de idadismo.
É uma exclusão naturalizada, a partir dos estigmas do ser “velh@”
E como falar em Equidade se excluímos essa parcela da população, do olhar mais acurado em relação às políticas públicas, estabelecendo padrões segregadores?
Os acessos sociais se tornam desiguais para idos@s dificultando assim, as relações, em diversos âmbitos, limitações no mercado de trabalho, culturais e uma efetiva participação ativa, produtiva..
Pesos sociais.
E quanto as trabalhadoras, negras aposentadas da rede SUS, como agregá-las, ao Programa Nacional de Equidade, substantivando a partilha das experiências e saberes e a proposta de uma sociedade mais justa e igualitária?
A sociedade é cruel, principalmente com o universo feminino, não dá licença para o envelhecimento, daí surge a urgência , o culto da ‘juventude eterna’
Se envelhecer no Brasil já é difícil, imagine para a população negra, vulnerabilizada, negligenciada, explicitamente, mulheres negras, periféricas.
Etarismo e racismo se somam, socialmente, e formam uma bomba relógio excludente, estereotipada, demarcadora.
E ativista concluiu afirmando: ‘
'Já não é hora de pautar o etarismo x racismo, nas proposições de políticas públicas? -sugeriu esta ativista na 1ª Conferência Livre Nacional de Equidade’