Em menos de um mês, o deputado Arthur Lira expôs duas faces em relação aos direitos e o respeito às mulheres.

Ele foi responsável direto por colocar na pauta da Câmara Federal o projeto sobre o aborto, rebatizado com muita propriedade como PL do Estupro, tal o absurdo da proposta de punição das mulheres que praticassem o aborto após 22 semanas de gestação (o dobro do previsto para os estupradores).

Fez isso para agradar a bancada mais reacionária do Congresso, de olho nos votos da turma para a sua sucessão na presidência Câmara.  

Os protestos de mulheres em todo ao país levaram Lira e aliados a adiarem para o segundo semestre a votação da matéria. 

A 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20 aparece, agora, como uma chance do presidente da Câmara melhorar sua imagem junto ao eleitorado feminino.

E já na abertura do encontro, que ele trouxe para Maceió, defendeu respeito e direitos para as mulheres de todo o mundo (aqui representadas).

Ele vai ter a oportunidade de mostrar que falou agora para valer e não foi vítima de uma crise de identidade provisória.