Rita Mendonça é uma advogada alagoana e assim se descreve: “ Trabalho em um projeto de reparação do desastre ambiental de Mariana. Fico entre MG e ES, em toda a bacia do Rio Doce, quase 800 km até o mar. Por isso que estou sempre no mundo e locais de pouca conexão. Mas adoro.
E mesmo tão longe das Alagoas, Rita enviou um comentário para o blog, ue merece um salve!
Foi assim…
“Assunto complexo e com muitas camadas. Várias, inclusive, decorrentes de nossa cultura enraizada em relações desiguais, de exploração e até no passado escravocrata.
É algo que raramente se consegue vencer sozinho, como é o caso narrado na matéria, em que uma consequência indesejável foi a pessoa vítima, ao ter coragem de se posicionar perante a corporação, a luta que já começa desigual.
Dia desses vi um palestrante falar "denunciar assédio é sentença de morte profissional para trabalhador de base de pirâmide". É uma verdade que, embora dura, precisamos visibilizar e enfrentar.
Mas já avançamos e o cenário já traz uma certa luz. Um primeiro "passo elegante" já está dado pelas corporações e investidores, que é a consolidação cada vez maior das diretrizes ESG e dos Princípios Orientadores da ONU sobre empresas e direitos humanos.
Assédio é um assunto ingrato, difícil, daqueles que a gente evita começar. Mas necessário, pois diz muito sobre nós e para onde queremos ir enquanto humanidade e enquanto trabalho decente instituído pela OIT.
Sofrimento emocional adoece, aumenta as probabilidades de acidentes de trabalho, desencadeia doenças autoimune, diminui a produtividade, afeta o trabalho da equipe, afasta investidores. É ruim para todas as pessoas.
Precisamos tirar o tema da invisibilidade.
Parabéns, Arísia Barros pela coragem de enfrentá-lo em seu artigo.’
Agora que as fogos espocaram vamos falar sobre assédio no trabalho?
Saiba mais: https://www.cadaminuto.com.br/noticia/2024/06/27/o-jornalista-sofria-assedio-no-trabalho-fez-a-denuncia-a-empresa-o-demitiu-e-abalado-tentou-o-suicidio-e-dai