Seguindo os passos do lendário Bar do Paulo — famoso point noturno da diversidade e liberdade de pensamento em Arapiraca —, um novo local tem aberto suas portas a todos e todas, sejam canhotos ou destros, brancos ou pretos, que gênero ou religião for. Um lugar para ser o que se é.

Se perguntassem “O que é, o que é? Um pontinho vermelho na Praça Santa Cruz?”, muita gente do circuito alternativo local acertaria de primeira: Pub Treze.

O bar acabou de completar 5 anos de existência e resistência nesta sexta-feira (28), prometendo jogar ainda mais luz e ser o farol da cidade de Arapiraca, por pelo menos mais meia década.

Ano após ano, o local está chegando a outros públicos e mais gente está passando a conhecê-lo e frequentá-lo. Ele está situado na referida Praça Santa Cruz, no bairro Alto do Cruzeiro, em cima do Memorial da Mulher Ceci Cunha, na segunda maior cidade do estado de Alagoas.

Desde que iniciou, com apresentação musical da banda Casa da Mata no FDS Coworking (primeiro reduto do Pub), foram 107 shows realizados sob produção de Alysson Galdino e Isadora Magalhães. Tamanha a demanda, eles criaram a produtora cultural Curtindo Um Barato Juntos.

Além da Casa da Mata — que curiosamente possui música que dá nome ao bar —, já passaram por lá artistas e bandas como Quiçaça, Lari Luma, Anauê S.A., Borba di Paula, DJ Cleyton Rasta, Janu, Brega Vadio, Divina Supernova, Mopho, Jurema Juice, Filhos de Marta, DJ Lili, Myrna Araújo, Tobias, Little Monkeys, DJ K-Luck, Forró do Cabrunco, Clube do Jazz Maceió, Manolation, DJ Lemmos, $ifrão, Caeeki, Mariar, DJ Bacana, Ariel/Kaliban, Suzi Mariana, Igor Gnomo, DJ Scar, Carpina, Jorg, Capona, Mago Véio, DJ Gust, Manolation, Wado, Lore B, A Máquina do Mundo, Márcio Ricardo, Sideraltas e Gato Negro, entre outros.

“Acredito que a tendência é evoluir na experiência do usuário. Quero liderar o Pub para ser um local que tenha uma experiência gastronômica mais completa e também mais confortável fisicamente. Musicalmente falando, devemos continuar nessa perspectiva B-side, incentivando artistas em ascensão ou que precisam de palco, porém expandindo essa visão para outras regiões também. Pretendo muito firmar o Pub devidamente na história de Arapiraca. Queremos ser referência no entretenimento e na cultura da nossa cidade”, pontua Alysson Galdino, à frente do Pub Treze.

No bojo de eventos culturais ainda há espaço, por exemplo, para exposições fotográficas como a “Ipseidade”, de Madu Valentino, indo até à masterclass do Festival de Cinema de Arapiraca e oficina de Crítica Cinematográfica do Clube 42, em parceria com o Núcleo do Audiovisual de Arapiraca (Navi), e passando pelos encontros mensais do próprio Clube 42 (debate de livros e exibição de filmes).

Além desses flutuantes, há os regulares do próprio Pub: o Hallowands (já no calendário da cidade), Natal no Pub, Karaokê Night (duas vezes na semana) e Pura Vida Summer Vibes (com samba uma vez por mês).

Isso rendeu uma honraria para o local, tendo ganhado o “Melhores do Ano na Cultura — Troféu Paulo Lourenço (Bar do Paulo)”, em 2021, pela Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Juventude de Arapiraca.

Essencialmente, o Pub Treze atua com cervejas artesanais da Caatinga Rocks e, mais recentemente, em parceria com o clube Breja em Casa, com rótulos nacionais e internacionais. Ademais, há drinks sofisticados e petiscos robustos.

“Assim como no Bar do Paulo, uma inspiração máxima para mim, o álcool é o menos importante aqui no Pub. O que é fundamental mesmo é o bom papo, o encontro, a conexão, as memórias formadas e firmadas aqui. As pessoas vêm para cá por isso. Para viver momentos. Resolvemos ser palco para quem não tinha e tem palco, com foco em bandas da terra e autorais. Democratizamos a cerveja artesanal em Arapiraca. Sobrevivemos a um desgoverno e à pandemia. Contribuímos para dar identidade às pessoas da cidade. Abrimos o Submundo — como carinhosamente o Pub é também chamado — para que fosse um lugar de abertura, de liberdade. Dia 28 também é Dia Mundial do Orgulho LGBTQIAPN+. Existe algo mais simbólico que isso? É um lugar em que a gente pode ser o que é e coexistir, respeitando o outro e curtindo um barato juntos e juntas”, conclui Alysson.

Que venham mais 5, mais 10, mais 13…