Como mostra o blog da jornalista Vanessa Alencar – ao trazer os números do levantamento feito pelo Paraná Pesquisa – o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são os políticos que mais transferem votos em Maceió. Pelo menos, conforme a pesquisa.
Bolsonaro tem o maior índice de “transferência de votos”: 29,7% dos eleitores afirmam que votariam “com certeza” em um nome indicado pelo ex-presidente da República. Enquanto isso, 47,8% dizem que jamais votariam em um candidato apoiado pelo maior nome do PL no país. 16,6% dos entrevistados afirmam que poderiam votar e 2,9% dizem não saber.
Em relação a Lula, o índice de transferência de votos fica em 24,9%. Os que não votariam em alguém indicado pelo presidente somam 50,1%. Os que poderiam votar são 22,2% e 2,8% não sabem.
Essa informação faz muita diferença – acreditem! - nas candidaturas proporcionais, pois quem tem o apoio do presidente Bolsonaro ou de Lula, numa disputa proporcional, pode trazer para si uma fatia de dentro destes percentuais que faz toda a diferença.
Ou seja: uma quantidade de votos que impacta numa eleição que depende do cociente eleitoral. Eis uma boa notícia para os “bolsonaristas raiz”, por exemplo. Eis também uma boa notícia para os petistas de carteirinha.
Lula e Bolsonaro são imagens a serem exploradas em respectivos públicos, pois mesmo ambos possuindo alto índice dos que se negam a votar em candidatos apoiados por eles, a quantidade de apoiadores – nos dois casos – é o suficiente para uma proporcional.
Quanto a majoritária, são tantos os aspectos e os debates que envolvem uma eleição deste tipo, que esses números da polarização pouco dizem sobre esta disputa.
Em todo caso, os índices de transferência de votos de Bolsonaro e Lula são bem superiores aos de políticos alagoanos, como por exemplo, do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), que é de 18,7%. No caso do emedebista, 51,6% dizem que jamais votariam em quem fosse apoiado por ele. Os que poderiam votar – no caso de Renan Filho – somam 26,2% e os que não sabem 3,5%.
Quanto ao governador Paulo Dantas, 14,6% dos maceioenses ouvidos dizem que votariam em um indicado pelo chefe do Executivo estadual e 48,7% afirmam que não votariam. Os que poderiam votar somam 33,1% e os que não sabem 3,7%.
De acordo com o Paraná Pesquisa, quem menos tem poder de transferência em Maceió é o deputado federal Arthur Lira (Progressistas). O presidente da Câmara dos Deputados só influenciaria com toda certeza 9% dos eleitores da capital alagoana. Os que poderiam votar são 31,8%. Os que não votariam em alguém indicado por ele soma 54,7% e os que não sabem 4,6%.
A pesquisa foi realizada em Maceió entre os dias 20 e 25 deste mês e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número AL-02178/2024.