Foi a jornalista Laís Martins, quem deu a notícia, ontem, dia 24 de junho e gerou uma inquietação social.
Afinal, isso é possível?
E Laís escreve:
'SEM MUITO ALARDE, o governo israelense implementou no ano passado um programa de reconhecimento facial em larga escala em Gaza. A tecnologia passou a ser utilizada na Palestina após os ataques de outubro graças à Corsight, uma empresa israelense contratada pelo exército para desenvolver um programa que pudesse identificar reféns israelenses em Gaza e achar alvos militares, em Hamas.
A solução, ainda segundo essa notícia, seria integralmente implementada até o meio de 2024, com a instalação de licenças de uso da Corsight em centenas de escolas de Alagoas.
A Teltex, empresa com a qual a Corsight teria feito essa parceria, tem, desde abril de 2023, um contrato de R$ 18 milhões com a Secretaria de Educação de Alagoas, a Seduc. A finalidade é implantar um sistema de gestão de controle de entrada e saída de alunos nas escolas públicas alagoanas.
Mas não existe rastro da contratação da Corsight em documentos públicos de Alagoas e tampouco o governo foi avisado da incorporação dessa tecnologia, segundo informações obtidas pelo Intercept Brasil via Lei Acesso à Informação.
O contrato foi renovado por mais um ano no fim de maio. Em nenhum momento o documento fala em reconhecimento facial. Também não existe nenhum aditivo de contrato falando sobre a participação da Corsight.
Em resposta a um pedido de LAI, a Seduc disse não ter sido informada sobre a incorporação de solução de reconhecimento facial. Questionada via assessoria de imprensa, a Teltex disse desconhecer a parceria e informou, via nota por e-mail, que o projeto em implantação em Alagoas inclui a “utilização de várias tecnologias avançadas, como sistemas analíticos de vídeo”.
O que de fato está acontecendo?- questiona o blog
Saiba mais:
https://www.intercept.com.br/2024/06/24/empresa-de-reconhecimento-facial-usada-em-gaza-anuncia-parceria-para-uso-em-escolas-publicas-de-alagoas/