Essa é a dedução após o presidente visitar o Nordeste na semana passada. No Ceará, disse que o apoio no Congresso extrapola o PT, por isso tem que avaliar nas cidades as disputas entre os partidos que o apoiam.

No Piauí, repetiu a mesma ideia: "na medida em que tiver um partido que me apoia em divergência profunda com o partido que está lançando a candidatura, eu vou ter que decidir se eu venho ou não”.

O quadro em Maceió tem todos os ingredientes para ele evitar. O deputado federal Rafael Brito é pré-candidato pelo MDB, apoia o governo  do PT e é ligado ao senador Renan Calheiros e ao ministro dos Transportes Renan Filho.

A federação partidária PT-PCdoB-PV tem rejeitado a pressão do MDB para compor. Já anunciou chapa completa com prefeito e vice, os nomes dos 28 vereadores e até a data da convenção.

O adversário nacional do PT é o PL de Bolsonaro. Mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é - hoje - o protetor do prefeito de Maceió, JHC (PL), da presença de Lula na disputa pela reeleição. Arthur e JHC também são adversário dos Calheiros.

Maceió parece ser de alto risco para o presidente Lula. Sequer no palanque do seu partido deverá estar. Ele não pode 'magoar' nenhum lado sob risco de sofrer consequências no Congresso.