Em entrevista coletiva, concedida na tarde desta segunda-feira (17), a Polícia Civil de Alagoas informou detalhes sobre a Operação “Game Over”, já encerrada e realizada para combater a prática ilícita do ‘Jogo do Tigrinho’. A operação foi iniciada na última sexta-feira (14).

A ação, que foi comandada pelo delegado Lucimério Campos e contou com a participação do delegado-geral Adjunto, Eduardo Mero, cumpriu mandados de busca e apreensão em residências de influenciadores alagoanos que estavam cometendo crime de estelionato ao incentivar seus seguidores a praticar esse tipo de jogo que tem trazido arruinado nas finanças das pessoas.

Os mandados foram cumpridos nos bairros do Poço, Serraria, Jatiúca, Ouro Preto, Pajuçara e na cidade de Marechal Deodoro. Entre os bens apreendidos estão três carros de luxo – dois Porsches e um Volvo –, um Fiat Fastback, uma lancha. além de joias, celulares, dinheiro e passaporte.

O valor dos bens apreendidos chega aos R$ 38 milhões e pode crescer com o andamento das investigações.

Na entrevista, os delegados enfatizaram a nocividade do jogo para a sociedade, informando que algumas pessoas já chegaram a cometer o suicídio em virtude das dívidas que contraíram após se viciarem no “Jogo do Tigrinho”. Ainda segundo os delegados, por outro lado, os influenciadores ficaram cada vez mais ricos e ostentando sua riqueza.

Foto: PC/AL

O delegado Lucimério Campos disse que, depois de oito meses de investigação, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Estelionato e com o apoio de outros órgãos, cumpriu a decisão da 17ª Vara Criminal de busca e apreensão de diversos bens de influenciadores e pessoas que os assessoravam.

Nesta primeira fase, as buscas aconteceram nas residências de quatro influenciadores. Mas, segundo o delegado Lucimério Campos, o número de investigados envolvidos com o jogo do Tigrinho chega aos 40.

O delegado Eduardo Mero disse que, além da 17ª Vara Criminal, o trabalho da operação contou com o apoio do Ministério Público Estadual, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Ele acrescentou que as investigações vão continuar até que todos os envolvidos sejam responsabilizados.

 

*com PC/AL