Eu sou Arísia Barros, a  ativista, coordenadora geral de promoção das políticas para igualdade racial, na Semuc, mas, as companheiras de trabalho,- minhas bests- escolheram  me chamar de ‘Ariri’,  como referência carinhosa. 

Renatinha , Renata Mélo,  (22 anos),  nossa mascote  é estudante de Fisioterapia da Faculdade Estácio de Sá e assessora da Semuc .

Ao longo desses 6 meses de ativismo institucional , esta coordenadora tem buscado criar estratégias ( Encontro de Ideias), visando estabelecer  diálogos possíveis da questão racial , com outras pautas, integrando diversos conhecimentos e ultrapassando uma concepção fragmentada, em direção a uma visão sistêmica.

E que coisa massa, mesmo as experimentações sobre a  transversalidade entre as pautas, tendo durado um tempo curto,  na Semuc, as meninas se apropriaram, de uma maneira importante, sobre as profundezas tentacular  do racismo e suas consequências sociais.

A universitária, Renatinha está estudando , para a prova, sobre a pandemia da Covid 19 , ao sublinhar esses trechinhos, afirma: estudando para a minha prova, lembrei de você, Ariri. 

“Mulheres negras frequentemente são profissionalmente trabalhadoras domésticas, e muitas não foram afastadas de suas funções, o que as torna vulneráveis à infecção do coronavírus. Todas essas pontuações devem nos levar a refletir como as questões raciais estão relacionadas diretamente com o processo saúde e doença.

'Evidenciando o racismo e reproduzindo o machismo, mulheres negras são mais frequentemente violentadas; isso nos mostra que os resquícios do sistema escravagista e colonialista reproduziram na sociedade a ideia de que as mulheres negras são mais fortes e tolerantes à dor do que as brancas, ditas frágeis. Nesse sentido, temos a representação das categorias gênero e raça apontando as disparidades no cuidado em saúde.’

Esta coordenadora geral de promoção das políticas para igualdade racial, na Semuc, fica extremamente gratificada pela atenção, observação da escuta  dessas companheiras de trabalho que abrem espaços para absorver outros saberes e assim incorporá-los à realidade de diferentes modos, e vem apreendendo que o mundo-decididamente-não é uma bolha hegemônica.

O racismo estrutural, sempre se faz presente.

Que massa, suas observações, Renatinha.

Esta coordenadora professora  fica orgulhosa!