1. Com o ridículo senador Rogério Marinho à frente, a anistia para os golpistas condenados pelo 8 de janeiro periga seguir adiante. A estratégia não beneficia Jair Bolsonaro – ainda. Mas esse é sim o objetivo final na cabeça da tropa da extrema direita. Não por acaso, o ex-presidente briga até com aliados que ousam falar em opções para a eleição presidencial de 2026. O inelegível delira que seu nome estará nas urnas.
2. Depois da forte repercussão, a maré da PEC das Praias recuou. Flávio Bolsonaro, autor da presepada que só beneficia a especulação imobiliária, acusou o golpe. Nas redes sociais, o Zero Um tomou pancada de todos os lados. Como esse é o único tipo de foro que sensibiliza bolsonaristas, ele tenta salvar a pele. Não desistiu da ideia, é claro, mas busca um jeito de tocar a pauta por caminhos mais seguros à sua imagem. Não é fácil.
3. Por falar em maré, o governo segue nadando em águas turbulentas na tramitação de projetos no Congresso. A última ressaca foi a devolução de Medida Provisória sobre carga tributária de empresas. Jogando para a arquibancada, o senador Rodrigo Pacheco impôs mais uma derrota política à gestão Lula. Na origem da treta, algo que se repete no parlamento: deputados e senadores posam de benfeitores ao custo de farra fiscal.
4. Tarcísio de Freitas faz reunião para receber “amigos”. É a nova rotina do governador de São Paulo. Mais uma vez, o convidado especial do convescote foi o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Um dos participantes foi o ex-governador João Doria. Parece claro que Tarcísio engatou pra valer a operação 2026. É briga na direita.
5. O camarada Lula causou mal-estar no sindicalismo. Durante evento para lançar o PAC das universidades, o presidente cobrou o fim da paralisação que vai chegando a dois meses. O duro recado irritou a cúpula das associações de servidores, mas o anúncio de 5,5 bilhões de reais amenizou a tensão. A greve está com os dias contados.
6. Com a ascensão da “nova política”, as comissões do Congresso viraram uma mistura de picadeiro com arena de MMA. O roteiro e o script são previsíveis. Um desses maloqueiros eleitos na onda de redes sociais aprova convocação de um ministro, e pronto. A jogada é fazer provocações e gerar “cortes” para Instagram e TikTok.
7. Quase todos os dias, nossa imprensa noticia mais um rebuliço nas disputas eleitorais pelo interior de Alagoas. A cada quatro anos, somos lembrados da existência de dezenas de municípios – que voltam a desaparecer logo após o resultado das urnas. Em alguns casos, o jogo político revive os tempos do desaforo, das ameaças e da ponta de faca.
8. Enquanto isso, na gestão do prefeito e influencer João Henrique Caldas, ninguém explica por que os cachês nacionais milionários saem antes do show, mas os artistas locais esperam um ano para receber. Deve ser pelo respeito à produção cultural da terra. Entre uma dancinha e outra na rede social, JHC exalta sua política de fomento às artes.