A família Bolsonaro esperou duas semanas de tragédia para levar sua indigência moral ao Rio Grande do Sul. A razão para isso, como não poderia deixar de ser, é um cálculo político. Durante a pandemia de Covid, esses delinquentes sabotaram as medidas sanitárias e atrasaram a chegada de vacinas. Chefe da gang, Bolsonaro simulava pessoas sufocadas por falta de oxigênio e se divertia avisando que não era coveiro.

Em dezembro de 2021, a Bahia era atingida por uma enchente que devastava parte do estado. Milhares de pessoas estavam desabrigadas. Vinte mortes eram confirmadas nos primeiros dias da enchente que afetava várias cidades. Enquanto isso, o presidente vadiava no litoral de Santa Catarina. Questionado sobre a gravidade dos fatos, de cima de uma moto aquática, Bolsonaro mandou ver: “Espero não ter que retornar antes”.

Agora, alertados por seus operadores de redes sociais sobre a memória da impostura, Carlos e Eduardo foram encenar preocupação com o povo gaúcho. Não é que a família estivesse longe do assunto. Pelo contrário. Desde o primeiro dia, os depravados estavam fabricando e distribuindo mentiras em suas redes. Antes, Eduardo andou pelos Estados Unidos “denunciando” o Brasil sob “uma ditadura comunista”.

Em poucas horas sujando o território da calamidade, a dupla já havia batido o recorde de publicações virtuais. Eles não foram prestar ajuda ou mostrar solidariedade. Foram postar. Naturalmente são previsíveis. Carluxo, o perturbado, já chegou falando no “empenho dos civis”. É aquela tentativa de negar o essencial trabalho do governo e das Forças Armadas. Ou seja, o que importa mesmo é reproduzir a cartilha da politicagem.

Poder público e voluntários atuam em colaboração num cenário de guerra. É criminosa a tentativa de fomentar uma disputa que não existe – e que não faz nenhum sentido, sob qualquer ponto de vista. Mas e daí? Esta é a família Bolsonaro. Aquela que, também no desgoverno do “mito”, adotou o negacionismo climático como política oficial e destruiu instrumentos de proteção ao meio ambiente. Passaram a boiada.

O teatro do vereador que não trabalha e do deputado “pensador” da extrema direita produz ração para convertidos. E pensar que o país foi governado por essa escória!