A solenidade de reinauguração do Cetremec, e a abertura da Exposição de Educadoras e Educadores Brasileiros , que aconteceu, em Brasília, dia 06 de maio foi um momento simbólico e cheio de bonitezas, promovido pelo Ministério da Educação.
Arísia Barros, coordenadora geral de promoção de políticas da igualdade racial, da Prefeitura de Maceió e a única gestora do estado todinha convidada pelo ministro da educação, Camilo Santana recebeu a validação direta de João Henrique, o prefeito de Maceió:
- Você vai, sim. É muito importante!
E estivemos lá, reencontrando amig@s da militância e produzindo outras conversas e novos conhecimentos.
Jeruse Romão, a biografa de Antonieta de Barros se adiantou na pressa de ir embora, por conta do voo para Salvador, e decidi ficar por lá, articulando caminhos de oportunidades para o Programa Maceió é Massa Sem Racismo, da Prefeitura de Maceió.
Por volta das 19 horas, resolvi chamar um carro de aplicativo para voltar ao Hotel e assim o fiz. Estava à espera na porta do Cetremec, a rua estava puro breu: escura e deserta, e daí a Márcia se aproximou e foi logo falando:
-Achei que aquele era meu carro, mas, não é. E você está esperando, também?- perguntou.
Respondi que o carro já tinha chegado, todavia, não o encontrava, e Márcia:- Deve está na porta principal do Cetremec, vamos lá, te acompanho.
E lá fomos as duas ,no meio do silêncio áspero da via, sem iluminação, em busca do transporte.
E ‘eureka’, o carro estava à espera, e mesmo com a ligeireza de embarcar perguntei o nome da moça:
-Marcia, disse ela.
-Obrigada pela gentileza, Márcia. Muito obrigada!- agradeci.
-Somos mulheres nordestinas, e a gente tem que se ajudar, né?- respondeu de volta.
Não sei quem é Márcia, nem tenho seu telefone, entretanto, o acolhimento dessa desconhecida , tão solícita, está registrado, bordada na alma da ativista negra de Palmares.
Vou escrever um texto, antes que ‘deslembre’ da Márcia, lá de Brasília- pensei.
Obrigada, Márcia!