Há, sim, uma expectativa dentro do próprio Tribunal de Justiça – e nos meios jurídicos como um todo – de que a empresa do ex-presidente corre o sério risco de perder o contrato com a Rede Globo, considerando a ação local.
Mas o fato é que a causa vem se arrastando desde o ano passado, quando o juiz substituto Léo Denisson concedeu liminar em favor do ex-presidente. Era dezembro do ano passado..
Ato contínuo, em janeiro, o desembargador Paulo Zacarias cassou a liminar, mas manteve o contrato entre as duas empresas, como pede o grupo collorido (o magistrado já votou em favor da Globo).
Tudo seria (será?) decidido quando do julgamento do mérito da ação.
Pois é: quando?
Uma série de acontecimentos internos no TJ tem impedido o julgamento, que seria serializado – de novo – hoje, mas foi postergado para uma nova data, ainda a ser definida.
Falta (faltava?) um juiz a ser escolhido para a apreciação coletiva da matéria, uma exigência legal após a “desistência” do desembargador Alcides Gusmão.
Pode-se imaginar até que essa confusão é normal e faz parte da engrenagem cotidiana do próprio Tribunal de Justiça, mas não podemos negar que Collor continua poderoso, por aqui.
Elle nunca poderia enfrentar sozinho a Rede Globo, ainda o maior complexo de comunicação do país.