A integridade dos processos eleitorais é a espinha dorsal de qualquer democracia que se preze. É por isso que as recentes descobertas de que algumas cidades de Alagoas possuem mais eleitores registrados do que habitantes, conforme apontam os dados do IBGE e do TSE, não são apenas uma curiosidade estatística; elas são um alerta sobre a necessidade urgente de revisão e atualização nos registros eleitorais.
Em uma análise recente dos dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi identificado em algumas cidades do estado de Alagoas que o número de eleitores supera o de habitantes registrados no censo de 2022. Este achado curioso não está limitado a um ou dois municípios, mas é observado em pelo menos seis deles:
- Jacuípe: o município conta com 5.352 habitantes, porém possui um total de 5.691 eleitores registrados.
- Jaramataia: a população é de 4.985 habitantes, praticamente igual ao número de eleitores, que é de 4.987.
- Minador do Negrão: registra 4.845 habitantes frente a 4.910 eleitores.
- Mar Vermelho: mostra uma diferença considerável, com 3.155 habitantes e 3.541 eleitores.
- São Brás: no município, 6.555 pessoas residem, enquanto 6.688 estão registradas para votar.
- Olho D'Água Grande: este município apresenta 4.330 habitantes comparado a 4.833 eleitores.
Este não é apenas um problema técnico. As implicações vão muito além, influenciando a distribuição de recursos do governo, a formulação de políticas públicas e até mesmo a representatividade e a legitimidade das eleições. Um cenário onde eleitores possivelmente inexistentes podem influenciar o resultado de uma eleição é um cenário que necessita de correção imediata para preservar a equidade e a justiça no processo democrático.