Maria Clara Gomes da Silva sumiu aos 5 anos, dia 19 de julho de 2021, da porta de casa, no bairro Vergel do Lago, em Maceió, AL,  e, nessa soma  entre dias e noites já vai completar três anos de seu desaparecimento.

Existe, até,  um certo conformismo social cristão,  de  que ela desapareceu e ‘’pronto’,  não tem mais o que fazer.

Maria Clara Gomes da Silva, de 5 anos, é (?) uma cidadã alagoana, tinha até tirado a carteira de identidade, dias antes de evaporar no vento do descaso institucional.

Maria Clara Gomes da Silva é uma criança autista, sem nenhuma expressão verbal, portanto, mais sujeita a todos os tipos de assédio.

O desaparecimento de Maria Clara Gomes da Silva é uma página virada nas crônicas policiais, uma indiferença exacerbada.

Qual o valor de uma criança preta, autista lá das bandas de uma periferia massacrada, pelo ocaso?

Pouco valor social, né?

Por que o processo da menina,  Maria Clara está sob segredo de justiça. É para ser esquecido mais rápido?

Cadê tu, Maria?