Em entrevista à Folhapress, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), deixou claro que o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal alagoano Arthur Lira (Progressistas) continuará com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em suas mãos, apesar da demissão do primo: César Lira.
O nome de César Lira, no comando do Incra, já vinha sendo “queimado” há tempos. Não é algo de agora, depois dos entraves envolvendo Arthur Lira e outro ministro do governo federal: Alexandre Padilha, que foi chamado – pelo deputado alagoano – de “desafeto”.
Arthur Lira e Paulo Teixeira se reuniram em Brasília (DF) e – conforme bastidores – o ministro de Lula chegou a pedir desculpas pelo “mal-estar” gerado em razão de não ter sido comunicada a exoneração.
A Folhapress afirma que a indicação sugerida por Lira chegou às mãos da Casa Civil e o caso se encontra encerrado.
Eis a declaração de Teixeira: “Está superado porque o próprio presidente Lira já enviou uma proposta de nome para substituí-lo (César Lira). Foi dialogado”.
Teixeira avaliou a troca como “normal” pois foi algo por “inadequação”, já que o primo do presidente da Câmara dos Deputados não conseguiria promover o diálogo com as “forças do campo”.
A exoneração foi fruto – ainda segundo Teixeira – de uma “conflituosidade”.
Na prática, quem demitiu Lira foi o MST. O governo federal teria feito um gesto para o Movimento, mas mantendo o Incra nas mãos de Arthur Lira.
Resta saber quem é que Lira vai colocar na cadeira...
