O Troféu Selma Bandeira, da Prefeitura de Maceió,  foi criado por meio do decreto nº 6393/2004 e tem como objetivo celebrar mulheres que são relevantes em seus campos de atuação.

E,  em sua  14ª edição, a Prefeitura de Maceió realiza, nesta terça-feira, 2, na Associação Comercial,  mais um potencial celebração- homenagem às 13 mulheres que se fazem referência.

E dentre elas está Danielle Lins Santos, conhecida como Dani Lins, negra, 32 anos, fundadora do  Batuque Yá, o primeiro grupo de percussão feminino de Alagoas.

Filha de um pai músico e uma mãe dona de casa, Dani Lins iniciou sua trajetória no universo da cultura popular aos 8 anos de idade, integrando o grupo de folguedos Axé Zumbí no bairro do Vergel do Lago, sob a direção do Mestre Geraldo. Aos 12 anos, mergulhou no mundo da música ao aprender a tocar trombone com seu irmão mais velho, participando posteriormente de diversas bandas e fanfarras.

Em 2009, tornou-se parte da Orquestra de Tambores de Alagoas, atuando em diversos estados brasileiros. Durante essa jornada, participou da primeira oficina de percussão exclusivamente para mulheres, ministrada pelo mestre Wilson Santos.

Em 2022, ministrou uma oficina de maracatu direcionada ao público feminino, resultando na formação do primeiro e único grupo de maracatu alagoano composto exclusivamente por mulheres, denominado Yá Dandara, em homenagem a uma das maiores heroínas do Quilombo dos Palmares.

Dani Lins, além de coordenar e ser Mestra de Percussão no Maracatu Yá Dandara, está prestes a concluir sua graduação em pedagogia. Paralelamente, ela compartilha seus conhecimentos ministrando oficinas de ritmos em projetos da Orquestra de Tambores de Alagoas. Sua trajetória reflete não apenas sua paixão pela música e cultura, mas também seu comprometimento com o empoderamento feminino e a disseminação do conhecimento musical em sua comunidade.

Salve, Dani!