Na manhã de sexta-feira, sol tinindo de quente ( help!), o cabra, no passeio do Corredor Vera Arruda, Maceió, me pergunta de Quitéria, afirmando que faz tempo que não a vê pelas ruas.
Quitéria é moradora em situação de rua faz bem uns 10 anos..
É uma mulher preta, idosa e alcoolista.
Considerada um pária social, um corpo preto invisível exposto a todas vulnerabilidades.
A preta idosa não tem muita escolaridade, mas, carrega consigo a sabedoria das profundezas Dos tempos nas ruas.
Singularidades nas margens sociais.
Com Quitéria essa ativista já teve boas conversas, aprofundadas de conteúdo díspares e comuns.
Somos duas mulheres pretas, em territórios diferentes.
Nunca mais a vi pelas ruas- diz o cabra, aí respondo, que por conta do alcoolismo, Quitéria foi interna.
-Quitéria é um patrimônio nosso!- referendou o cabra.
-É! -afirmei.
Como estará Quitéria?