Já de olho nas eleições, a Prefeitura de Maceió tomou uma iniciativa, no mínimo, pertinente ao procurar a justiça eleitoral para tratar de violência de gênero e raça para o próximo pleito municipal, isto porque há inúmeras iniciativas em curso para “minar” a presença da mulher na política e não é pouca coisa.
Arthur Lira já reconheceu que os líderes partidários resistem à PEC (na Câmara) que prevê reserva de vagas para as mulheres no parlamento federal, estadual e municipal de até 16%. A proposta, que é do Senado, flexibiliza o percentual mínimo de 30% para candidaturas femininas nas eleições proporcionais, ou seja, os partidos poderiam não ser penalizados em caso de descumprimento da regra, em troca de estabelecer a cota de gênero.
Ao contrário do que ocorreu nas eleições de 2020 na Barra de São Miguel, ocasião em que o TSE comprovou fraude em candidaturas femininas e procedeu com a cassação.
Alguns quilômetros à frente, em Maceió, o eleitorado não terá uma tradicional candidatura feminina que é a da ex-senadora Heloísa Helena, que assim como Sarney que começou pelo Maranhão e terminou no Amapá; Heloísa, de Alagoas segue para candidatar-se no Rio de Janeiro, por um motivo bem simples: sua importância no estado não é mais a mesma.
Em Alagoas, a propósito, mulheres com espaço político consolidado é de contar nos dedos, nada diferente do resto do Brasil. A propósito, de novo, essa é outra razão para se dar a devida importância à iniciativa da prefeitura da capital.