Sem a presença do senador Renan Calheiros (MDB) na Comissão Parlamentar de Inquérito da Braskem (CPI da Braskem), o senador Rodrigo Cunha (Podemos) passa a buscar o protagonismo dentro da Comissão.
Afinal, passa a ser o representante de Alagoas dentro da discussão que envolve a tragédia ambiental ocorrida em Maceió em decorrência da mineração da sal-gema, que resultou na evacuação dos bairros afetados e na realocação de aproximadamente 60 mil pessoas.
Mesmo sem ocupar cargo de relatoria, presidência ou vice-presidência, Rodrigo Cunha tem aproveitado a cadeira de membro deste colegiado e emplacou duas ações relevantes dentro da CPI: a convocação do diretor-presidente da petroquímica, Roberto Bischoff, e a inspeção in loco da região afetada pela mineração na capital alagoana. Obviamente, isto lhe traz uma visibilidade política.
Cunha também apresentou requerimentos, que foram aprovados, para a convocação do coordenador de estudos da antiga CPRM, Thales Sampaio; do diretor-geral da Agência Nacional da Mineração (ANM), Mauro Henrique Moreira Sousa; e do chefe da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Wolnei Wolff Barreiros.
As oitivas ainda não possuem datas definidas dentro do plano de trabalho da CPI.
Cunha ganha espaço diante da ausência do propositor da Comissão, Renan Calheiros, que deixou o colegiado depois de ter sido preterido como relator por conta dos interesses do PT no Senado e do governo federal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula (PT).
O terceiro senador alagoano – Fernando Farias (MDB) – é registrado como suplente dentro da Comissão, o que dificulta – evidentemente – um lugar de destaque dentro do colegiado. Todavia, não é tão fácil lembrar que Farias é senador, independente da CPI, diga-se de passagem...