Após dois adiamentos, o julgamento de Arnóbio Henrique Melo, acusado de assassinar a facadas, a ex-mulher Joana Mendes, em 2016, foi novamente marcado, com data prevista para 1º de abril deste ano. A informação foi repassada à imprensa pela assessoria de Comunicação do Ministério Público de Alagoas (MPAL).

A professora Joana Mendes foi morta com 32 anos, dentro de um veículo, no bairro do Poço. 

O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, que fará a acusação e sustentação das qualificadoras, afirma não haver mais condições de adiar o júri, ainda porque o magistrado, ao remarcar o julgamento, determinou também a intimação da Defensoria Pública para a defesa do réu, em caso de nova manobra da defesa.

“A família da vítima a cada vez que se prorroga o julgamento sofre em dobro; é como se Joana estivesse sendo mais uma vez assassinada, como se tivesse havendo descaso com ela. Queremos fazer justiça, que o assassino pague pelo crime, que foi perpetrado com extrema violência e mediante dissimulação, uma vez que acreditava a vítima de que o encontro que teria com o seu ex-companheiro seria para tratar da guarda do filho e de outros aspectos da separação do casal. Foram desferidos 32 golpes de faca contra a inditosa vítima, numa demonstração de frieza e analgesia moral”, afirmou Vilas Boas.

O primeiro júri havia sido marcado para 18 de dezembro de 2023, mas diante do cumprimento de um mandado de prisão do acusado, quatro dias antes, foi suspenso. Com nova data para 1º de fevereiro, mais uma vez Arnóbio Henrique Melo não foi julgado. A acusação espera que não seja adiado pela terceira vez.
 

O caso

Joana Mendes e Arnóbio Henrique estavam em fase de divórcio, por iniciativa da vítima, não havendo aceitação por parte do assassino. Ela foi morta dentro de um carro, abandonado no bairro do Poço.

Apesar das tentativas de defesa de fazer acreditar de que o réu passava por um transtorno mental, nada há nos autos do processo nesse sentido, mas sim um crime adrede planejado.

Espera, portanto, o Ministério Público, que seja feita justiça condenando-se o réu com todas as qualificadoras.

 

*Com Ascom MP-AL