Éverton Guandeli da Silva, 40 anos, motoboy negro , sofreu ferimentos, de arma branca, provocados por um homem branco. A confusão se deu, porque o homem branco se sentiu incomodado, com a presença de motoboys (trabalhadores) na frente do prédio onde mora e fez enfrentamentos, do ‘saiam-daqui’, depois, partiu para os finalmentes. Surgiu a agressão corporal e uma tentativa de esfaqueamento.
Everton decidiu dar parte à polícia.
Quando os agentes do estado chegaram, depois de ouvir a versão do acusado, prenderam a vítima.
Ôxe!
E, mesmo ferido, Everton nem teve direito ao contraditório, só ouviu a ordem do ‘teje-preso’ e foi colocado no camburão.
Negro, sabe como é que é, né?
Como houve testemunhas da ação racista da Brigada Militar de Porto Alegre, a pressão social fez com que os agentes levassem o homem branco.
Sentado, confortavelmente, em um banco da viatura.
O povo negro, secularmente, é o suspeito preferencial dos agentes do estado.
Por quê?