Descendente de negr@s, o adolescente Augusto Machado, 14 anos, traz no sangue o legado do samba, do carnaval como um ato de resistência cultural. A Beija-Flor é a escola do coração de Augusto, o Pitico, e , ele fala da experiência do enredo de 2024.
É um menino negro da periferia do Rio de Janeiro saudando, na Marquês de Sapucaí, um homem negro, periférico, referência carnavalesca, de resiliência, em Maceió.
Representatividade importa, não é mesmo?!
'Me chamo Augusto Machado o ( Pitico) tenho 14 anos e desfilo , desde 2019,na ala das Crianças, na Beija flor
Esse ano, foi o ano mais legal pra mim. A fantasia foi muito bem desenvolvida e representada. Desfilei na Ala Os Pequenos Foliões, que mostrou o sonho de Benedito dos Santos, desde criança.
O samba foi fácil, com um refrão muito bom. Onde fala da malandragem, frevo e arrasta pé. Foi uma das partes do samba que eu mais gostei e interpretei.
O samba me fez ser eu.A história contada e representada por esse enredo, me faz acreditar que todo dia é uma luta constante nesse país chamado Brasil.
Negro,de família humilde e morador de Belford Roxo, saio com muito orgulho pro ensaio em Nilópolis.
No desfile,foi uma emoção muito grande, ao estar na avenida mais um ano e com esse enredo, (Um Delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila)
A luta e o sonho de Benedito dos Santos, representa todos os negros que lutam por um ideal. Eu quero ser um grande vencedor na minha vida . Amo a cultura e o carnaval.
Passar na Marquês contando um enredo sobre a luta e o sonho de Benedito dos Santos, foi um aprendizado- afirma o adolescente carioca, Augusto.
Salve, Augusto!